- Mário, onde raios está? – Oswald se perguntava.
Comprara um novo armário, e ao amigo queria mostrar…
Era igual ao que lhos trazia boas lembranças.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
A Procura
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Soneto I
Mas q’ouve no alto do morro em que pouso?
Diz-se que a calma está a nossa volta,
Então por que, dizem, à noite solta
A coisa tal que nem a nomear ouso?
O perigo se aproxima, eu já sinto.
Faz tempo que minha espinha se inquieta
E lembro do que dizia o grande poeta
Que, acho, escrevia sob efeito de absinto
Ele que já escreveu sobre a quimera
A que assola nossas mentes há tempos
Única página que sempre é vera.
Ela que é o maior de todos contratempos
Nos acorda com seu bafo de fera
E logo diz: – Já se acabou o teu tempo
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Soneto a Heisenberg
Heisenberg, o doente
Só fala em incerteza
Então seja decente
E nos diga com clareza
Onde o eletrón está?
Qual sua velocidade?
Não posso determinar
Com veracidade
Se do elétron digo a localidade
Num instante determinado
Não posso dizer sua velocidade
Sou Heisenberg, tenho problemas
Velocidade e posição do eletrón
Estão entre os meus dilemas!
Só fala em incerteza
Então seja decente
E nos diga com clareza
Onde o eletrón está?
Qual sua velocidade?
Não posso determinar
Com veracidade
Se do elétron digo a localidade
Num instante determinado
Não posso dizer sua velocidade
Sou Heisenberg, tenho problemas
Velocidade e posição do eletrón
Estão entre os meus dilemas!
Longe de tão perto (Encomenda)
Poema encomendado por uma colega que preferiu o anonimato. Lá vai! =)
Meu coração voa, flutua
Pois a vida sempre à toa
Muda o rumo da minha proa
E do céu tira a minha lua
Não há glória nem perigo
E o desejo é além-mar
Pois do rei não sou amigo
E Pasárgada já não há
Em branco é meu papiro
Em meio a essa solidão
Só peso, pondero e deliro
Só misturo emoção e razão.
Vida, vida sem razão
És contínua, és regrada
A saída é para o nada
Vejo lá meu coração.
Coração, bobo ainda ileso
Leve-o, sem dó, sem peso
Mas só leves se for leve
E não leves se for breve
Meu coração voa, flutua
Pois a vida sempre à toa
Muda o rumo da minha proa
E do céu tira a minha lua
Não há glória nem perigo
E o desejo é além-mar
Pois do rei não sou amigo
E Pasárgada já não há
Em branco é meu papiro
Em meio a essa solidão
Só peso, pondero e deliro
Só misturo emoção e razão.
Vida, vida sem razão
És contínua, és regrada
A saída é para o nada
Vejo lá meu coração.
Coração, bobo ainda ileso
Leve-o, sem dó, sem peso
Mas só leves se for leve
E não leves se for breve
Luis Felipe Araújo
Soneto à Guerra Fria (16/10/2009)
Eu vi uma noz
Depois vi uma avelã
Eu ouvi uma voz
Das Colinas de Golã
Tomara que a noiva
Ainda use véu
No dia que o presidente
Voltar a ser Roosevelt
Num Stálin de dedos
Kruschev aparece
Vejo Lênin fazendo prece
Mas que coisa antitética
Kennedy presidente
Da União Soviética!
Depois vi uma avelã
Eu ouvi uma voz
Das Colinas de Golã
Tomara que a noiva
Ainda use véu
No dia que o presidente
Voltar a ser Roosevelt
Num Stálin de dedos
Kruschev aparece
Vejo Lênin fazendo prece
Mas que coisa antitética
Kennedy presidente
Da União Soviética!
Soneto da Alface (06/10/09)
Eu comi aquela alface
Que estava em cima da mesa
Sem querer que algo sobrasse
Nem mesmo a batata inglesa
Eu olhei aquela alface
No meio da plantação
Eu vi como que ela nasce,
Mas como ela cresce não
Agora não como alface
Porque não mais me pertence
Que sua fuga ela trace
E torça pro Fluminense
E que fique em sua face
O tempo que ninguém vence
Que estava em cima da mesa
Sem querer que algo sobrasse
Nem mesmo a batata inglesa
Eu olhei aquela alface
No meio da plantação
Eu vi como que ela nasce,
Mas como ela cresce não
Agora não como alface
Porque não mais me pertence
Que sua fuga ela trace
E torça pro Fluminense
E que fique em sua face
O tempo que ninguém vence
O Peixe Emo(05/10/09)
O Peixe vaga no mar
Na imensidão azul
Depois ele vai cantar
Juntinho com o urubu
Um dia alguém vai fazer
Minha rima acabar
Assim como vi você
Morrer na água do mar
A borracha apaga o erro,
Mas não o que eu cometi
Ele irá ao meu enterro
O lápis escreve forte
Contudo a borracha apaga
Só não impede a morte
Na imensidão azul
Depois ele vai cantar
Juntinho com o urubu
Um dia alguém vai fazer
Minha rima acabar
Assim como vi você
Morrer na água do mar
A borracha apaga o erro,
Mas não o que eu cometi
Ele irá ao meu enterro
O lápis escreve forte
Contudo a borracha apaga
Só não impede a morte
Soneto ao Capitão Planeta (28/09/09)
Lá vem o cometa Halley
Correndo para comer
Ele quer comer salada
Só não vai comer você
Lá vem o cometa Halley
Passa por cima de Marte
Ele está com muitos gases
Islamista, faz sua parte
Ele vai em direção
Batatas gêmeas, Manhattam
Essa é sua missão
E depois de derrubar
Vira um imenso purê
Só você não vai comer
Correndo para comer
Ele quer comer salada
Só não vai comer você
Lá vem o cometa Halley
Passa por cima de Marte
Ele está com muitos gases
Islamista, faz sua parte
Ele vai em direção
Batatas gêmeas, Manhattam
Essa é sua missão
E depois de derrubar
Vira um imenso purê
Só você não vai comer
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