Meu coração voa, flutua
Pois a vida sempre à toa
Muda o rumo da minha proa
E do céu tira a minha lua
Não há glória nem perigo
E o desejo é além-mar
Pois do rei não sou amigo
E Pasárgada já não há
Em branco é meu papiro
Em meio a essa solidão
Só peso, pondero e deliro
Só misturo emoção e razão.
Vida, vida sem razão
És contínua, és regrada
A saída é para o nada
Vejo lá meu coração.
Coração, bobo ainda ileso
Leve-o, sem dó, sem peso
Mas só leves se for leve
E não leves se for breve
Luis Felipe Araújo
Nenhum comentário:
Postar um comentário