segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Longe de tão perto (Encomenda)

Poema encomendado por uma colega que preferiu o anonimato. Lá vai! =)

Meu coração voa, flutua
Pois a vida sempre à toa
Muda o rumo da minha proa
E do céu tira a minha lua

Não há glória nem perigo
E o desejo é além-mar
Pois do rei não sou amigo
E Pasárgada já não há

Em branco é meu papiro
Em meio a essa solidão
Só peso, pondero e deliro
Só misturo emoção e razão.

Vida, vida sem razão
És contínua, és regrada
A saída é para o nada
Vejo lá meu coração.

Coração, bobo ainda ileso
Leve-o, sem dó, sem peso
Mas só leves se for leve
E não leves se for breve

Luis Felipe Araújo

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