Mas q’ouve no alto do morro em que pouso?
Diz-se que a calma está a nossa volta,
Então por que, dizem, à noite solta
A coisa tal que nem a nomear ouso?
O perigo se aproxima, eu já sinto.
Faz tempo que minha espinha se inquieta
E lembro do que dizia o grande poeta
Que, acho, escrevia sob efeito de absinto
Ele que já escreveu sobre a quimera
A que assola nossas mentes há tempos
Única página que sempre é vera.
Ela que é o maior de todos contratempos
Nos acorda com seu bafo de fera
E logo diz: – Já se acabou o teu tempo
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